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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BOB FOI PARA O RIO DE JANEIRO

BOB FOI PARA O RIO DE JANEIRO

       Bob é um rapaz simples, que tem este nome em homenagem a BOB MARLEY. Muito trabalhador, nascido no interior de Goiás, mais precisamente na cidade de ALOÂNDIA/GO,  foi criado na roça, numa chácara bem distante da cidade (imaginem) até os seus dezoito anos, quando  então foi  para a capital para estudar e trabalhar. 

       Chegando lá, fez um concurso e passou para uma empresa pública onde começou a subir rápido, principalmente em função de sua dedicação, que o diferenciava dos demais colegas. Até que um belo dia, foi indicado para fazer um curso de capacitação que duraria duas semanas no Rio de Janeiro.

       Aí, começou a epopéia de BOB, porque a maior distância que já havia percorrido foi na estrada de Aloândia à Goiânia. Jamais havia andado de avião e no momento  que foi informado que deveria ir ao Rio de Janeiro começou seu desarranjo intestinal. A primeira reação ,foi dizer que não ira , porém  a turma do “deixa disso” entrou em ação para convencê-lo a ir.

       Um amigo foi até sua casa, para levá-lo ao aeroporto e teve a maior surpresa pois  o encontrou sentado no meio fio, há duas horas, com quatro malas do seu lado. Bob havia colocado nas malas quinze calças, quinze cuecas, quinze pares de meias, quinze camisas, seis pijamas, dez jogos de lençol, dez jogos de toalhas de rosto e de banho, ferro de passar roupa, uma tábua dobrável e mais um monte de tranqueiras.

        O amigo com o maior tato desfez tudo, pôs apenas o necessário em uma mala e explicou que ele ia para um hotel pago pela empresa e que ele teria direito, sem pagar nada, desde o café da manhã, até lençóis, toalhas e pano de chão.

        Chegando ao aeroporto, fez um escândalo pois não queria deixar o despachante da empresa de aviação colocar sua mala na esteira. Acabou sendo  escoltado por dois comissários de bordo  até o avião porque não queria embarcar de jeito nenhum...

        Resultado: Foi literalmente amarrado na poltrona, suando em bicas e morrendo de medo. Quando a aeromoça pegou o microfone e disse “Senhoras e Senhores...” ele tomou um susto tão grade que se abraçou em uma freirinha que estava ao seu lado, que  apos o fato, logo pediu para trocar de assento.

        Dentro do avião a comédia foi total. Primeiro, acendeu um cigarrinho de palha e deu o que fazer para ele apagar. Teve que vir o comandante da aeronave para convencê-lo e assim mesmo ele só apagou o cigarro porque pensou que o cara todo fantasiado era da polícia. Depois perguntou para a aeromoça que empurrava um carrinho, quanto custava uma pinga e um sanduíche...

        Na escala em Brasília, mais um escândalo, ou melhor, vários  escândalos. Quando o avião tocou no chão, Bob suava e rezava com os olhos fechados. Com o impacto, ele se assustou e começou a gritar: - Bateu!!! Vamos morrer... Vai morrer todo mundo... JESUS me proteja... Ai meu DEUS... E só parou de gritar, quando passou as duas mãos em seu corpo e viu que ele e todos estavam inteiros, vivos e muito alegres, pois estavam gargalhando. Devia ser a alegria da chegada!!!

       Se  debateu na poltrona querendo sair de todo jeito, mas como não conseguia tirar o cinto de segurança, a aeromoça a tempo de convencê-lo  de que ainda não havia chegado ao Rio e que eles estavam em Brasília. Não se convenceu muito, mas aquietou!

        A chegada ao Rio também foi digna de filmagem. Primeiro não conseguia se desamarrar, depois desceu do avião por último e viu que o ônibus que levava os passageiros havia saído e perguntou para o piloto que estava atrás dele: - A que horas passa o próximo ônibus?

        Como haviam recomendado que tomasse cuidado com estranhos, não quis entrar na kombi que veio buscar aquelas mocinhas e o “policial” ,nem morto.

        Na esteira das bagagens, como demorou muito a chegar até ela, estava só a mala dele rodando sozinha. Bob, ao invés de pegar a mala, se jogou em cima dela e a abraçou. Tiveram que parar a esteira para ele descer.

        Imaginem Bob, com essa ingenuidade toda, pegando um taxi no Rio de Janeiro rumo ao  hotel. Ia rodar a cidade toda e gastar todas as suas diárias só para chegar.
        Mas DEUS em sua infinita bondade fez com que, as comissárias de bordo dessem a ele uma carona na VAN, afinal, iam para o mesmo hotel.

        Eu deveria contar sua epopéia na Cidade Maravilhosa, falar sobre sua chegada ao hotel e suas peripécias durante as duas semanas mais inesquecíveis de sua vida, mas fica para a próxima... Aguardem!!!
Por Helio Faria Junior

sábado, 28 de janeiro de 2012

FALOU A COISA ERRADA, NA HORA ERRADA, PARA A PESSOA ERRADA


          Sabe aquelas meninas que aos doze anos, todo mundo dizia “NOSSA, PARECE UMA MOCINHA” que foi amadurecida na marra, usando maquilagem e salto alto e falando coisas de gente grande e todo mundo ria e achava bonitinho? Sabe, Né? Pois é, todo mundo conhece alguém assim porque, via de regra, essas pessoas crescem e todo mundo continua rindo delas. Só que agora, das besteiras que elas falam e dos foras que dão.
          Minha filha que mora em Campo Grande/MS e vamos chamá-la de Marie(com pronuncia francesa, Marri) tem uma amiga dessas, pelo menos uma que eu conheço as histórias. Esses dias, Marrie estava no Shopping com uma amiga, com uma amiga e encontrou uma dessas meninas prodígios, a Augusta, que escandalosa como sempre já chegou berrando:
- Marriiiiiiiiiiiiie, que saudade (trabalham juntas e se vêem todos os dias), creeedo, você cortou o cabelo?? Ficou muito cafona, horrível, DEUS me livre usar um troço desses, onde você fez essa tragédia grega para eu não por meus pés lá?
          E Marie respondeu:
- Augusta, querida, esta aqui é a Ana, minha cabeleireira (apresentou logo antes que ela falasse mais bobagens) e nós estamos indo tirar uma foto para o CORREIO DO ESTADO para a reportagem “O CORTE DE CABELO MAIS BONITO DO ANO”. Você quer vir com a gente?
- Não, obrigada, estou muito ocupada, até logo...disse a Augusta saindo de fininho!
          Ontem, elas iam a uma reunião de Desembargadores, se encontraram na porta do prédio e Augusta já disparou:
- Credo amiga, tirou as cortinas da casa de sua avó para fazer esse vestidinho horripilante?
          E Marie, educadamente como sempre, disse:
- Foi minha tia quem me deu de aniversário, né, tia?
          Entraram para a reunião quando vinha saindo a esposa de um dos desembargadores e disse:
- Marrie, que vestido lindo você está usando....e fingindo que ia dar um beijo nela, cochichou em sua orelha:
- Você não devia andar com gente tão mal vestida a seu lado, querida!!!
          Para fechar com chave de ouro, começou a reunião. A metida da Augusta sentou-se ao lado da Presidente e Marie ao seu lado. A reunião decorria quase como um velório de tão sóbria e silenciosa e de repente toca um celular e Augusta, enxerida como sempre, falou bem alto para todo mundo da mesa e acho que do prédio ouvir:
- Marie, você não tem educação não? Deixar seu celular ligado no volume máximo e com essa música para lá de brega, numa reunião tão importante como essa???
          Marie, super constrangida, ficou roxa de vergonha e disse bem baixinho:
- Eu não trouxe meu celular...
E a Desembargadora, rangendo os dentes, se curvou na direção de Augusta e disse, quase cochichando e rosnando:
- O celular que está tocando é meu e a musica foi escolhida por minha mãezinha, que DEUS a tenha. Se você abrir sua boca mais uma única vez eu vou tirar você daqui presa por desacato à autoridade e à mãe da autoridade.
Augusta: ¿Por qué no te callas? 
Por Helio Faria Junior

A TECNOLOGIA EM DESFAVOR DO HOMEM


 Vocês já devem ter ouvido e lido muito a expressão “A tecnologia a favor do homem”. E em desfavor do homem¿ Já pensaram nisso, hein? Hein? Hein?
Pois eu tive uma experiência altamente desagradável esta semana. Como todo mortal vivente, eu também tenho filhos que também estão na escola e que também recebem todo início de ano uma lista do tamanho de um bonde para comprar. Aliás, acho que vou encontrar muita gente aqui para fazer um coro que tem vontade de entender, que diabos as escolas fazem com tanto material. Ainda mais para mim que tenho filhas gêmeas. Aí sim que estou frito. Até fardo de rolos de papel higiênico já me pediram. Já pensaram se no cinema fosse assim. Haveria uma placa dizendo:
“SOMENTE VENDEMOS INGRESSOS SE VOCÊ COMPROVAR QUE TEM EM SUA BOLSA DUAS GARRAFAS DE ÁGUA, DOIS SACOS DE PIPOCA, DOIS ROLOS DE PAPEL HIGIÊNICO E  DOIS OB's. ESTUDANTE COMPROVA A METADE”. Ridículo.
Bom, meu docinho, essa esposa doce e tenra que eu tenho em meu lar ia sair com as meninas para comprar os materiais escolares. Com sua peculiar meiguice ela me falou:
- Me dá logo seu cartão porque eu tenho que ir com as meninas na livraria para ser assaltada por aquele bando de ladrões que vão nos vender os materiais escolares. Vou comprar umas coisinhas para mim. Anda logo, passa o cartão!”
Ela fala assim brincando, porque no fundo, no fundo, lá bem no fundo do fundo meu docinho é meiga e delicada...mas não me tira a preocupação do “umas coisinhas para mim”!!!
O meu grande erro, foi ter colocado em meu celular um dispositivo que cada vez que acontece um débito na conta, o telefone apita: piriripipipipiriripiriripipipipipi. Inadvertidamente, entrei em uma reunião com meu chefe e uns dez clientes da empresa e eu fui fazer a apresentação, deixando o celular em cima da mesa.
Comecei a apresentação, com toda a pompa, com Data Show, gráfico de pizza e de coluna e o escambau de bico. Eu estava no auge, falando com toda a desenvoltura, dominava o assunto e a platéia, me sentia mais importante que o jegue que carregou Nossa Senhora,  quando de repente o celular fez piriripipipipiriripiriripipipipipi.
Aquilo foi meio constrangedor porque todos da mesa olharam para o celular,  mas dei um sorriso amarelo e expliquei que não era uma ligação e sim o aviso de um débito em minha conta, mas não perdi o rebolado!
Trinta segundos depois, piriripipipipiriripiriripipipipipi, fiquei desorientado e preocupado e quando pedi para desligarem meu celular ele gritou de novo piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi.
O estagiário, sempre o estagiário, pegou o celular e desligou e eu fiquei aliviado. Até a cara do meu chefe melhorou um pouco, uns 0,001%,mas melhorou! Só que o infeliz não desligou o aparelho, só pensou que havia desligado.
Tentei retomar minha palestra, suando mais que uma torneira aberta e o miserável do celular começou a piar: piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi e tudo escureceu.
Agora estou aqui no CTI, para onde me trouxeram logo após o infarte, incomunicável e só estou conseguindo transmitir isso para vocês porque subornei um enfermeira gorda para anotar o que eu estou falando. Maldita tecnologia, até meu emprego foi para o brejo!!!
Por Helio Faria Junior

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ÁS NO VOLANTE

          Acho que ando em minha fase espanhola!!! Hoje vou contar para vocês a história de QUEFRAN, um motorista de taxi da cidade de El Chorrillo. Um bom sujeito, grandão, pesadão. O que tinha de grande, tinha de intenso nas coisas que fazia e também de atrapalhado. De origem católica apostólica romana praticante fervoroso, tinha até parente padre, um belo dia resolveu se encontrar em uma OUTRA religião.

          Virou crente, evangélico, judeu, budista e por fim se encontrou no Sukyo Mahicari. Ficou empolgadíssimo com seu encontro religioso, chegando ao ponto de querer cremar todos os conhecidos que morriam só para jogar as cinzas nas “fraldas do Monte Fuji”. Ninguém mais na cidade avisava a ele que tinha velório e sempre arrumavam uma encomenda para ele ir buscar, bem longe, quando morria alguém.

          Quando era pequeno, em uma aula de ciências sobre a morte a professora disse:

- Se vocês pudessem escolher,  eu gostaria de saber como cada um gostaria de morrer!
- QUEFRAN, como você gostaria de morrer?
- Eu queria morrer como meu avô, dormindo......disse ele.
- E como você não gostaria de morrer?
- Eu não gostaria de morrer gritando, como as 50 pessoas do ônibus que vovô dirigia naquele dia!

          Esse era QUEFRAN, que a exemplo do avô, também queria ser motorista. Entrou para uma auto-escola especializada para aprender a ser motorista de ambulância.

          Depois de quatro frustrantes tentativas, finalmente conseguiu sua habilitação e logo foi contratado pelo hospital municipal de El Chorrilho. Lá foi nosso herói, todo de branco, imenso de gordo para seu primeiro dia de trabalho.

          Três dias se passaram e o tédio era total, nenhum pedido de socorro havia chegado, até que finalmente chegou sua grande chance de mostrar seu valor. Um chamado para atender um trabalhador que estava agonizando, pois havia caído do quinto andar de um prédio em obras.

          Quando chegou no local, o homem parecia morto, não queriam nem deixar levá-lo, mas QUEFRAN não aceitou, imaginem, perder aquela oportunidade e voltar com a ambulância vazia!!! JAMAIS.

- Se há um sopro de vida, vamos salvá-lo!. 

          Pegou o cara no colo, pôs em cima da maca, enfiou na traseira da ambulância, bateu a porta com tanta força que parecia querer que a porta entrasse junto com o paciente, correu para o volante e saiu em disparada, aplaudido pelos transeuntes.

          Foi em direção ao hospital, fazendo as maiores barbaridades que se possa imaginar, furando todos os semáforos, jogando uns dez carros para cima da calçada, dois foram beijar um poste, dois caíram em um canal. Curva e reta era a mesma coisa e lá ia ele cantando todos os pneus e raspando em todo carro que encontrava em seu caminho.

          Quando um policial de moto começou a persegui-lo com a sirene ligada, ele achou que era escolta e aí que afundou o pé mais ainda. Quando finalmente o policial conseguiu pará-lo, já muito bravo, ele tentou argumentar que se tratava de um moribundo, mas o policial não quis nem escutá-lo.

          Foi para trás do veículo e abriu a porta. O moribundo, com os olhos arregalados, saiu correndo de dentro do carro, se jogou em cima do policial gritando:
- Me prende porque eu sou bandido, me prende porque eu sou bandido, mas não me põe aí dentro de novo. PELO AMOR DE DEUS!!!

          Hoje em dia, QUEFRAN está bem, emagreceu muito porque ganha muito pouco no taxi que dirige. Ninguém em El Chorrillo sabe porque ele não consegue passageiros da cidade, só turistas, na ida para os hotéis!!! 
Por Helio Faria Junior

domingo, 22 de janeiro de 2012

A DESASTRADA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE JUAN NAVAJO

Se você nunca ouviu este nome, JUAN NAVAJO, visite http://oliviaebolivia.blogspot.com e leia o texto BRUXARIA ESPANHOLA, antes de começar a ler este texto, para você entender como tudo começou. Você vai dar boas risadas. Eu e o Frank garantimos!!!
JUAN, uma pessoa íntegra, ilibada, retilínea, sem deslises, não conseguia dormir com a consciência pesada pela atitude de tentar enganar o gigante polonês STANISLAW PROSCHKA no episódio da morte de seu papagaio e decidiu que não ia doar nada ao convento, iria trabalhar na chácara do ex-vizinho, metade dos lucros entregaria para as madres e metade juntaria para ir ao Brasil tentar trazer PROSCHKA de volta.
Os negócios começaram a ir de vento em popa e com a morte de Javier, o vizinho do outro lado, JUAN comprou a chácara da viuva, expandiu os negócios e abriu provisóriamente um pequeno restaurante e empório, para comercializar logo as avestruzes  e sub produtos, que se chamou :
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE ENERO
Como janeiro chegava ao fim e a fila de gente reservando lugar ainda era grande, ele mudou o nome para:
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE ENERO Y FEBRERO
Mais fila, inclusive de gente de Madrid e um novo nome
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DEL PRIMER TRIMESTRE DEL AÑO
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DEL PRIMER SEMESTRE DEL AÑO
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES  DEL AÑO
E como teve que abrir no NataL e na virada do ano, almoço e jantar:
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE TODOS LOS TIEMPOS.  
Bombou tanto que começou a abrir franquias pelo mundo!
JUAN NAVAJO, finalmente descobriu o endereço de STANISLAW no Rio de Janeiro, e partiu no primeiro  navio. Feliz da vida, ia trazer de volta seu querido amigo, injustiçado pelo destino e o tornar sócio de um grande negócio que só acontecera, graças a confusão.
Quando chegou ao Brasil, no Rio, foi direto para a casa do polonês, que era tão longe que ele pensou que estava indo para a Argentina. Eles moravam em um morro, com declive para a tarte de trás da casa. Chegando lá, Annie Cristine, esposa de PROSCHKA, de origem Franco-Belga encerava a casa que tinha o piso daquele vermelhão, bem liso.
JUAN NAVAJO se identificou, entrou e deixou a porta aberta. Em seguida, PROSCHKA chegou e ainda do lado de fora recebeu um telegrama do convento com os seguintes dizeres:
FELIZES COM SUAS CONTRIBUIÇÕES. TRISTES MORTE SEU VIZINHO e o plolonês, supersticioso em último grau, achou que JUAN tivesse morrido. Entrou em casa correndo e gritando:
- Annie Cristine, Annie Cristine, meu amigo JUAN....e viu JUAN, em pé parado ao lado da mesa.
Arregalou os olhos e tentou parar, escorregando na cera fresca. Deslizou até a janela, caiu para o lado de fora, em cima do varal, rolou pela ladeira do quintal igual uma múmia envolvido em lençóis e calcinhas e foi se estatelar no muro.
Annie, tentou sair em socorro ao marido, também escorregou na cera, deu um 360º digno de Patricia Moreno ou Daniele Hypólito e se estatelou no chão. Os dois desmaiaram!
No dia seguinte, JUAN foi visitá-los no hospital. PROSCHKA tinha quebrado uma perna, os dois braços, a bacia, torcido o pescoço e estava com um olho fechado e roxo. O que bateu no muro. Annie, quebrou só a bacia, um calcanhar e a cabeça!
Quando PROSCHKA viu JUAN enrar no quarto começou a gritar:
- O MALDIÇON DO PAPAGAIA, O MALDIÇON DO PAPAGAIA
JUAN explicou que quem tinha morrido era o outro vizinho, o JAVIER, esclareceu toda a história do papagaio e convidou PROSCHKA e ANNIE a voltarem para a Espanha para assumirem sua parte nos negócios.
STANISLAW disse que o novo negócio era do convento e que ele e sua mulher estavam muito bem dando aulas particulares de polonês, alemão (ele era de ascendência alemã) francês e espanhol, alem de serem tradutores oficiais dos consulados da Polônia, França, Alemanha e Espanha. Estavam tão bem, que haviam comprado uma pequena propriedade rural em São Fidélis/RJ e quando saíssem do hospital, estariam se mudando para lá!
Ao sair do hospital, JUAN perguntou a enfermeira que tomava conta do casal se todos os pelinhos dele eram loiros, e para satisfazer sua curiosidade, ela disse:
ERAM!!!
Por Helio Faria Junior

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

BRUXARIA ESPANHOLA

Se esta é a primeira vez que você lê um texto meu, eu aconselho a ler primeiro o conto A TRISTE SINA DO GALO PROSCHKA E DE SUA FIEL GALINHA DO AÇUDE para entender melhor o nosso personagem de hoje. 
 
Trata-se do gigante polonês STANISLAW PROSCHKA que antes de se mudar definitivamente para o Brasil, passou uns tempos morando na Espanha. Não me pergunte por que raios ele saiu da Polônia porque eu não sei. Só sei que foi no início do século passado.
 
PROSCHKA sempre foi um cara simpático, mas extremamente tímido, supersticioso até a última gota, morava em uma micro chácara próxima a Madrid e tinha como vizinho, o não menos simpático, mas bem mais extrovertido JUAN NAVAJO, um professor da escola municipal. JUAN era incomodado porque há anos que PROSCHKA passava três vezes por dia na porta de sua casa e com um sorriso meigo, cabeça baixa e falava sempre as mesmas coisas: Puenos Tias, Puenas Tartes, Puenas Noches!
 
Juan nunca teve uma chance de se aproximar do Polonês, até porque, havia um problema. PROSCHKA criava vários bichos exóticos, iguanas, lhamas, avestruzes e um papagaio que era tão querido que era tido como um membro da família do polonês e tratado a pão-de-ló e JUAN tinha um cachorro enorme caçador, que ele morria de medo que atacasse o papagaio que vivia solto.
 
Um belo dia, no finalzinho de uma tarde, bateram à porta de JUAN, qual não foi sua surpresa e alegria quando viu STANILLAW PROSCHKA com seu costumeiro e meigo sorriso dizer:
- Ficinho, eu precisa de uma grande fafor!
 
O professor que esperava por isso fazia muito tempo ficou transbordando de felicidade, fez PROSCHKA entrar, é lógico que teve que abaixar a cabeça para passar na porta, serviu-lhe um chá e ele pediu a JUAN que pusesse ração e água para seus animais em função de sua viagem. Era simples, os sacos de ração estavam etiquetados com os nomes dos animais. Seriam apenas três dias que transcorreram tranqüilos.
 
No último dia, JUAN entrou na chácara, pôs ração para os animais  e quando olhou para trás, viu seu cachorro caçador, com o papagaio morto e todo sujo de terra, preso entre os dentes. Entrou em pânico. A primeira coisa que pensou foi: - O polonês vai matar meu cachorro e depois vai me matar.
 
Pegou o papagaio, levou para casa, lavou bem o bichinho, ficou horas abanando para secar, passou um produto que sua mulher passava no cabelo para dar brilho na penas do papagaio e pôs o bicho cuidadosamente encostado no poleiro. À tardinha, PROSCHKA retornou, foi à casa de JUAN, agradeceu quinhentas vezes, entregou presentes para ele, para sua mulher e para seu filho e foi para casa. JUAN ficou morto de vergonha, se sentou na poltrona olhando com desprezo para seu cachorro e decidiu, no dia seguinte iria lá contar tudo para o polonês...
 
De manhã bem cedo, quando ia procurar o vizinho, encontrou um envelope na porta de sua casa com uma carta do polonês que dizia:
 
"Caro vicinho,
 
Aqui tem uma Brocurasson bara vender meu chácara e minhas animais e entregar todo o dinheiro bara a convento. Na noite em que viajei, minha papagaia morreu e eu enterrei atrás no quintal. Ela ressuscitou, ficou mais linda que nunca e foi bara sua poleiro morrer de novo. Isso ê mau sinal, coisa de bruxos.
Por issa, estou indo bara Brasil onde não tem bruxo, numa navio que está bartindo agora de madrugada...Xau e velicidades.
Obrigada bor tudo,
 
STANISLAW PROSCHKA"

Por Helio Faria Junior

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AVISE SEUS FILHOS - DESCOBERTA CIENTÍFICA XXXI


pe
Cientistas de várias partes do mundo, reunidos em CHÃ GRANDE/PE fizeram uma descoberta fantástica, de um caráter de pura ciência, que ajudará a nossos filhos e fará com que melhore o relacionamento entre mães e filhos. Atenção para a descoberta que dará esses cientistas um prêmio NOBEL:

 "ROUPAS, QUANDO RETORNAM DE VIAGENS, NÃO ESTÃO SAUDOSAS UMAS DA OUTRAS PARA FICAREM AGARRADINHAS  DENTRO DA MALA. PORTANTO, AO RETORNAR PARA CASA, DESFAÇA SUA MALA, POIS SENÃO, ALÉM DE FEDIDAS, ELAS FICARÃO DENTRO DA MALA POR TODA A ETERNIDADE!!!"

Não é fabuloso. Meus filhos ficaram estupefatos. Divulgue aos seus!!! 
Localização de Chã Grande

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A TRISTE SINA DO GALO PROSCHKA E DE SUA FIEL GALINHA DO AÇUDE

Meu avô por parte de mãe, foi uma das pessoas mais fantásticas que conheci. Um simples homem do campo, como se diz, mas com a melhor filosofia de vida que já vi. A de cultivar felicidade. Queria eu ser 10% do que ele foi neste quesito!!!
E foi na fazenda dele, no município de São Fidélis/RJ onde este episódio ocorreu, quase tão fidedignamente quanto eu vou contar. Ele tinha uma galinha, apelidada pela história de “ A galinha do açude”, casada com um Galo chamado PROSCHKA, em homenagem a seu vizinho e amigo polonês de quase dois metros de altura, 130 quilos bem distribuídos, com todos os pelinhos visíveis loiros( os invisíveis, nós não sabemos até hoje), até as pestanas e os cabelos do sovaco do homem eram loiros, esbanjava simpatia e se chamava STANISLAW PROSCHKA.
Como brasileiro adora tripudiar em cima de tudo, chamavam o pobre coitado de PROCHA. Ele, muito educado, dava um sorriso e respondia  tantas vezes quantas o chamavam errado:
- Bom dia Seu PROCHA!!!
- Pom Tia, meu nome não ê PROCHA, meu nome ê PROSCHKA, STANISLAW PROSCHKA. Mas não tinha jeito, até o galo a rapaziada apelidou de PROCHA.
Mas o galo, andava triste porque ele era estéril e não conseguia “galar” os ovos da galinha do açude, e de tanto tentar e se decepcionar, PROCHA acabou, de fato, ficando brocha. Aí foi o fim do mundo. Ninguém conseguia animar o pobre galo.
Um dia, passando na porta da cozinha, ele ouviu minha avó conversando com Dona Gertrudes, empregada que trabalhou com ela por mais de cinqüenta anos:
- Gertrudes, vai lá no galinheiro e pega aquele frango preguiçoso (era o frango que sempre ficava na ponta do primeiro poleiro) e faça no molho pardo!
PROCHA correu para o galinheiro, deu umas bicadas no frango que saiu correndo e ficou no lugar dele. Dona Gertrudes, bem velhinha nem notou, pegou o galo pelo pescoço que acabou na panela. Não precisa nem dizer que a Galinha ao molho pardo (pobre Procha, depois de morto ainda virou galinha) ficou dura, horrível, e puseram a culpa na idade da cozinheira.
Com o sumiço de Procha, a galinha do açude era só tristeza e algum iluminado pôs ovos de pata para a infeliz chocar. Quando os patinhos nasceram, ela achou meio estranhos aqueles bichinhos amarelinhos, mas achou lindos os seus primeiros filhos. Os patinhos saíram gritando “QÜÉM QÜÉM” para todo mundo ouvir e a galinha do açude saiu atrás toda orgulhosa.
Quando eles pularam no açude, ela se arrepiou inteira e ficou na beira do açude correndo de um lado para outro e gritando:
- COCORICÓ,  COROCOCÓ, CORICOCÓ, COCOROCOCÓ...
Que traduzido do Cocoriquês para o português quer dizer:
- Saiam daí meninos, é perigoso....se não sairem agora eu vou aí pegar vocês...
E quando o primeiro patinho enfiou a cabeça dentro da água, ela não se controlou mais e TCHIBUM, pulou dentro do açude e nunca mais foi vista.
Hoje, quando eu vejo uma mãe muito zelosa eu falo para o meu docinho:
- Olhai aí outra galinha do açude!!!
Por Helio Faria Junior

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

AVISE SEUS FILHOS - DESCOBERTA CIENTÍFICA XXX

ro
Cientistas de várias partes do mundo, reunidos em CUJUBIM/RO fizeram uma descoberta fantástica, de um caráter de pura ciência, que ajudará a nossos filhos e fará com que melhore o relacionamento entre mães e filhos. Atenção para a descoberta que dará esses cientistas um prêmio NOBEL:

 "AS MOLÉCULAS QUE COMPÕE OS TECIDOS DE SUAS ROUPAS SÃO INCOMPATÍVEIS COM AS MOLÉCULAS QUE COMPÕE O CHÃO DE SEU QUARTO. PORTANTO, JOGUE AS ROUPAS USADAS NO CESTO DE ROUPA SUJA, OU VOCÊ CONDENARÁ ESSA INCOMPATIBILIDADE POR TODA A ETERNIDADE!!!"

Não é fabuloso. Meus filhos ficaram estupefatos. Divulgue aos seus!!!  
CACHOEIRA DA MANOA

domingo, 15 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MARATONA

          Todo mundo diz que a maratona foi inspirada em um soldado grego que correu 42.195 m para dar a notícia da vitória de uma batalha ao povo de sua cidade, deu a notícia e morreu. Tudo conversa fiada. Quem é esse soldado? Cadê os parentes dele? Qual é o CPF dele? Filho de quem? Ninguém tem as respostas, portanto é tudo invenção. 

          Vou contar para vocês a verdadeira e documentada história do surgimento da maratona.
Ha muitas e muitas décadas (para alegria da Helena, yes!!!) na cidade de São Joaquim do Não Se Mata, no noroeste do estado do Rio de Janeiro, havia um padeiro conhecido por João Padeiro, que preparava pães, doces e roscas em sua chácara, longe da cidade. Como tinha que estar bem cedo, antes das 7 horas na cidade, acordava de madrugada, preparava e assava suas massas, punha num cesto coberto por uma toalha e ia para a cidade em sua bicicleta. Dia sim, dia também era sempre a mesma rotina. Não tinha sábado, domingo nem feriado.

          Um belo dia, morreu um figurão da cidade no início da noite e como o transporte da época era cavalo, ficou difícil avisar a todos os amigos e parentes da região. Durante todo o dia seguinte o corpo foi velado e como começava a cheirar mal, marcaram o enterro para o outro dia bem cedinho.

          O coveiro foi abrir a cova de madrugada. Tirou toda a terra do buraco de sete palmos de profundidade e jogou para o canto do muro. Lá pelas 5:30 da manhã, ainda no lusco-fusco do amanhecer do dia, ouviu o barulho da bicicleta do João, subiu no monte de terra  e ficou com meio corpo acima do muro, e acenou para o padeiro, mas João, que passava na quina do muro do cemitério, com seu chapelão muito usado no interior, não viu.

          Daí, como estava com muita fome ele gritou:
- DÁ UMA ROSCA AÍ, JOÃO PADEIRO!!!

          João, que não esperava, tomou o maior susto do mundo, imaginem vocês, no maior silêncio e de repente sai um berro vindo de dentro do cemitério no fim da madrugada. Só podia ser de uma alma penada! Ele se esborrachou no chão, voando pão e rosca para tudo que foi lado. João não quis saber de nada, largou bicicleta com tudo para trás e saiu catando cavaco, ladeira abaixo.

          Na entrada da cidade, passou zunindo pelo cortejo, arrancando a fita de proteção do caixão e quando mediram a distância do cemitério àquele lugar da fita, deu exatos 42.195 m.

          Daí em diante, correr essa distância virou tradição que acabou na olimpíada. O que não se sabe é onde João Padeiro parou, se é que parou!!!
Por Helio Faria Junior

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

UMA TRÁGICA LUA DE MEL

          Se você esta acessando pela primeira vez o nosso blog, procure os textos PROGRAMA DE POBRE EM CUIABÁ e A PRIMEIRA REUNIÃO DO PRIMO MARIANO EM 2012 porque só assim você vai entender as duas peças que são os primos Mariano e Mariana.

          Eles passaram por situações tão difíceis que estavam proibidos até de morrer por falta de dinheiro. Passaram por coisas do tipo "vender o almoço para comprar o jantar". Mas deram a volta por cima, sempre com muito amor e determinação, abriram um negócio de serviços domésticos e hoje estão tão bem que, depois de 20 anos, resolveram fazer a lua de mel. Quando eles se casaram, digamos que só juntaram os trapinhos!


          Muito bem, vida arrumada, um farto Natal, que ainda não contei, mas vou contar, Reveillon com tudo e todos de branco em uma chácara alugada, só com os amigos mais chegados e como presente de ter "tirado o pescoço", uma lua de mel com a velhinha. Reservaram uma suíte no melhor hotel de Pedro Juan Caballero, Paraguai, fronteira conurbada com Ponta Porã/MS e lá se foram os dois, inchados de tanta bebida e comida salgada das festas de fim de ano, mas elegantérrimos.


          Chegaram na hora do jantar, deixaram as coisas no quarto e desceram para comer. Mariana gemia a cada passo, porque, com os pés inchados, qualquer sandália apertava e entre um ui e um ai, chegaram no restaurante do hotel. Lá, todas as mesas eram de oito lugares e nossos pombinhos acabaram sentando-se em uma mesa onde estavam um casal de velhinhos para lá de tradicionais, paulistas, família de origem Libanesa, narigudinhos, que faziam uma lua de mel a cada cinco anos de casados. 



          Essa era a décima quarta, sempre no mesmo hotel, sempre na mesma mesa, sempre no mesmo quarto.

          O jantar foi ótimo os dois conversaram muito, deram muitas risadas, só se incomodaram um pouco com o fato de Mariano à mesa e à noite estava de chapéu e óculos escuros. Mas mesmo assim se encantaram uns com os outros e combinaram de tomar café juntos no dia seguinte porque o casal de velhinhos em todas as luas de mel conhecia um casal no primeiro dia e tomava café junto com eles no segundo dia.


          Subiram e descobriram que estavam em duas suítes contíguas, separadas por uma porta interna. Cada casal foi para o seu quarto, e os velhos, sem ter mais o que fazer, mais uma vez encostaram os ouvidos na porta para escutar o que se passaria no quarto ao lado.
          Mariana, resolveu experimentar um sapato novo e chamou o Mariano, que estava no banheiro, para ajudar. Veja o diálogo:


- Marianinhôôô, sua pombinha está aqui, precisando de você-ê(sentada na cama acenando com um sapato que estava em sua mão)!


          A velha deu uma olhada cheia de malícia para o velho!


- Põe para mim, põe (o sapato)


          A velhinha se tremeu inteira e deu três cotoveladas nas costelas do velho.


          Mariano tentou calçar o sapato que não entrava de jeito nenhum, e olhando para o pé dela inchado, disse:


- Nossa, está muito grande , não entra de jeito nenhum!


          A velha se benzeu e o velhinho pôs as mãos na boca para não rir.
          Mariano disse :


- Fica em pé que eu vou sentar(e se sentou no chão).


- Vou por dois dedos de cada lado (do sapato) para alargar.


          A velha começou a suar e se abanar.


          Daí Mariano disse para ela que estava em pé com os dedos dos pés dentro do sapato e o calcanhar de fora :


- Quando eu puxar com os dedos você desce de uma vez(o calcanhar dentro do sapato), aí vai entrar.


          Acabou o ar da velha que arregalou os olhos e abriu a boca!


          Mariana, assim o fez e o pé entrou no sapato arranhando e ela soltou um grande e longo gemido: - AAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!


          A velha desmaiou e o velho quase morrendo de rir não sabia se segurava a fofoqueira ou se corria para o telefone para chamar um médico.



          O médico veio no quarto, atendeu a velha que dormiu. Os pombinhos do quarto ao lado desistiram de continuar a experimentar sapatos e dormiram e roncaram solenemente toda a noite.
          De manhã, quando chegaram na mesa do café, Mariana chegou mancando por conta do arranhão no calcanhar e Mariano, sempre de chapéu, óculos escuros e um largo sorriso, esbanjando simpatia, disse:
- Bom dia amigos!!!
          E a velha partiu para cima dele, batendo nele com uma sombrinha e dizendo:
- Sai daqui, seu tarado, nojento, jumento, indecente.......e a confusão só acabou com tudo esclarecido na delegacia e as luas de mel terminadas precocemente!!!
          Mas eles já estão organizando outra, que será em uma lancha, no pantanal, só os dois.........rsrsrsrsrsrs

Por Helio Faia Junior