Gente, eu tenho duas doces irmãs. A mais velha,
mora em Belo Horizonte e a menos velha mora em Brasília e no fim de semana
passada eu fui visitar a de Brasília, onde por muito pouco não fui devorado
pela nuvem de pernilongos que cobria a cidade.
Para começar, quando entrei de carro na casa da
minha irmã, estavam ela, meu cunhado, meu sobrinho, minha sobrinha, o caseiro e
até o cachorro de capuz, luvas, calça
comprida, blusa de manga comprida e um
vidro de repelente em cada mão de cada um deles.
Eu fui literalmente arrancado por eles do carro, me
enfiaram um capuz e todos começaram a borrifar repelente da minha cabeça aos
meus pés enquanto me conduziam para a cozinha onde queimavam 39 incensos
fedidos.
O único lugar da casa onde não havia pernilongos
era na cozinha, por causa do insuportável fedor dos incensos e da densa fumaça.
Ali ficamos por umas duas horas conversando e bebendo umas geladas. Ufa, pelo
menos isso.
O problema foi que na quarta cerveja deu vontade em
mim e no meu cunhado de fazer xixi e nós não tínhamos coragem de ir ao banheiro
por o “bicho” para fora, porque senão os pernilongos iam nos capar a picadas.
O que fazer? Minha irmã, bebendo e rindo não
suportou muito tempo e fez nas calças e
resolveu assim seu problema. Eu e meu cunhado, desesperados, já com as pernas
tortas e os joelhos juntos, pensávamos o que fazer naquela situação
constrangedora.
Até que eu, o criativo da turminha, tive uma
brilhante idéia. Peguei um saco plástico de supermercado, fui para um canto da
cozinha e me aliviei. Eu só olhava para cima, rindo aliviado e suando frio. Meu
cunhado me imitou.
Como não tínhamos coragem de sair para esvaziar os
sacos, deixamos os dois bem amarrados em um cantinho. Felizes com a solução de
nosso problemas, entramos pela madrugada bebendo nossas cervejinhas.
Quem não entendeu nada foi a empregada quando
chegou no dia seguinte cedinho e encontrou dezoito saquinhos de xixi no chão da
cozinha!!!
Escrito por Helio Faria Junior