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sábado, 20 de julho de 2013

O CAIPIRA NA CIDADE


Onofre era daqueles caipiras autênticos lá da região de Morrinhos/GO. Sempre morou em uma fazenda e o lugar mais longe que já havia ido era em Morrinhos para vender os produtos da fazenda.

Suas filhas no início estudaram em uma escola rural, mas como os negócios iam bem, ele as mandou para Goiânia para fazer faculdade. Elas sempre iam visitar o pai, mas, um belo dia, ele resolveu ir à capital para ver como as filhas viviam.

No dia seguinte da viagem, as filhas prepararam um almoço e no meio da tarde, resolveram ir ao salão e o pai as acompanhou.

Como sempre faziam isso, ao chegarem no salão a atendente já foi logo dizendo:

- Para vocês vamos fazer dois pés, duas mãos, duas sobrancelhas e buço!

Onofre avermelhou e disse gritando:

-  Isso aqui é um salão de beleza ou uma clínica de cirurgia plástica???

Ninguém entendeu nada e Onofre continuou:

- Quem tem quatro pés é vaca e a senhora não vai botar mais dois pés nas minhas filhas!

Filha 1: Pai, para com isso!

E Onofre continuou falando mais alto ainda:

- Quem tem duas sobrancelhas é lobisomem e bigode a senhora vai por na sua mãe porque na minha terra quem tem bigode é mulher-homem e minhas filhas são Fêmeas legítimas.

Depois de uma gargalhada geral no salão, as moças levaram o pai para um canto, explicaram para ele o que iriam fazer e o caipira, depois de muita conversa, concordou, desconfiado, mas concordou.

Ele não se deu por rogado,  quando as moças sentaram nas cadeiras dos cabeleireiros ele tirou uma garrucha, colocou em cima da bancada e disse:
- Se vocês botarem bigode nas minhas filhas vão levar bala!!!


Escrito por  Helio Faria Junior

domingo, 14 de julho de 2013

UMA GORDINHA EM UM VELÓRIO


 
Aqui não vamos falar de enterro de rico ou de pobre porque isso é um capítulo à parte. O tema que eu queria abordar é o comportamento de uma gordinha num velório. 

Preste atenção no que eu vou dizer e repare bem no próximo velório que você for. Mas, cuidado, você poderá dar risadas e isto não vai pegar nada bem.

Faça uma imagem em sua mente do seu último velório. Você vai ver que uma magrinha normalmente chega de forma mais discreta, com o maior óculos escuros possível, vai para junto de um amigo do morto, cochicha qualquer coisa, balança a cabeça negativamente, faz cara de enterro e se aproxima do parente do morto que ela conhece, dá um abraço para lá de formal e fala alguma coisa do tipo “meus pêsames”, “meus sentimentos” ou “ele descansou”. Fica ali cinco segundos.

Se afasta também muito discretamente, via de regra abaixa a cabeça fingindo que olha para o chão, mas os olhinhos valentes trabalham dentro dos óculos olhando um por um de quem está lá. Seca uma lágrima teimosa sem tocar nos óculo e normalmente vai embora.

E a gordinha que eu vi!!! Essa já chegou fazendo escândalo do lado de fora. Como foi o segundo velório que a encontrei, pude perceber que é de extremos, ou vai com roupa de festa ou de bermuda e camisetão regata com talco saindo do sovaco e do pescoço. 

Antes de entrar no salão, levantou os óculos, os prendeu à cabeça para mostrar a todo mundo que seus olhos estavam derretendo. Tirou um lencinho do sutiã e secou só o suor do buço, as lágrimas, nem pensar!

Entrou fungando, balançando os braços com foco único no parente do morto que ela conhecia, deu um abraço tipo quebra costelas na pessoa, que não durou menos que sete minutos, deu uns dez beijos e lambrecou o infeliz ou a infeliz de lágrimas e batom, porque gorda sem batom em velório é igual saci pererê, só em desenho animado.

Pegou no rosto do coitado com as duas mãos e começou a falar, como se fossem dar um beijo na boca dele, coisas do gênero:

- Tão novo, porque meu DEUS, porque??? (Não importa se o morto viveu mais de cem anos)
- Vai ser difícil viver sem ele (Já fazia mais de três anos que não via o defunto)
- A missão dele estava realizada na Terra e DEUS o levou para outra mais importante onde só os bons vão (Essa é um tiro de misericórdia no pobre infeliz)

Nada contra a gordinha, mas foi constrangedor ver o parente do defunto chorar copiosamente de pânico e não mais de tristeza!!!

Escrito por  Helio Faria Junior

sexta-feira, 5 de julho de 2013

VÍTIMA DE PRECONCEITO

 John e William são amigos da vida inteira e ambos filhos de casais ingleses e ambos nasceram aqui quase na mesma data. Estudaram nas mesmas escolas, frequentavam os mesmos clubes, moravam no mesmo bairro e tinham a mesma turma.

No vestibular, John passou e William não. Após a segunda tentativa seus pais o enviaram para a Inglaterra para que ele conseguisse uma profissão.


John era um homofóbico de carteirinha e chegou a se envolver em algumas confusões por causa disso, William era mais tranquilo e nada preconceituoso.


Um belo dia, os pais de ambos voltaram para seu país de origem
 e William resolveu voltar ao Brasil e procurou o amigo John para que pudesse ficar por um tempo em seu apartamento. Como John era solteiro e muito trabalhador, consentiu desde que ele tomasse conta da administração da casa.

Acordo selado, os dois conviveram pacificamente e estava bom para os dois com um trabalhando igual um camelo, comprando carros, apartamentos para alugar, lancha, chácara na região serrana do Rio de Janeiro e o outro cuidando da administração de tudo, inclusive das questões do condomínio porque John era o síndico. Ele assinava tudo e não lia nada, confiava cegamente no amigo.

Os dois eram realmente muito amigos, saiam juntos para as baladas, viajavam juntos de férias e William fotografava tudo, filmava o que podia e mantinha tudo arquivado. O inusitado é que toda vez que John arrumava uma namorada, William dava um jeito de criar uma situação embaraçosa para que o namoro acabasse.


Na manhã seguinte da formatura de William, John entrou em seu quarto e o encontrou nu com um amigo dormindo na mesma cama. Armou o maior escândalo, jogou as coisas do outro pela janela, desceu com ele no elevador o estapeando, e na porta do prédio lhe deu um pontapé no traseiro fazendo com que ele se esborrachasse no meio da rua. Tudo isso filmado pelas câmeras de segurança do edifício.


Quinze dias depois, John recebeu em seu apartamento um oficial de justiça o intimando para comparecer à segunda Vara Cível do Rio para tratar de seu divórcio. Ele não entendeu nada porque nunca havia sido casado e nem namorada tinha.


Quando chegou lá, era William o autor do pedido de divórcio, pedindo metade de todos os bens e uma pensão alimentícia, além de um processo por agressão e homofobia. John pensou em esganar William mas mudou de ideia quando viu que ele estava acompanhado de três amiguinhos bem parrudos.

O Juiz, diante das provas irrefutáveis de vida marital provadas com passagens de “lua de mel”, fotos, filmes, gravações das câmeras de segurança do prédio e outras provas, deu ganho de causa a William. John babou de raiva o tempo todo, mas tudo que conseguia fazer era berrar que o outro era maluco, mentiroso e o Juiz acabou por retirá-lo da sala por ataque de homossexualismo...


John ficou desmoralizado no prédio, com os amigos e no trabalho, não por sua condição de “homossexual” mas por ser um sujeito dissimulado que escondia sua real situação até mesmo com violência.


Hoje, William vive em um baita apartamento em Ipanema com seus amiguinhos enquanto John entrou para um convento de padres capuchinhos onde vive enclausurado só lendo e estudando. Virou um sábio!


Coitado, mais uma vítima do preconceito....


Escrito por Helio Faria Junior 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A HISTÓRIA DOS TRÊS VELHINHOS



Esta é a história de três velhinhos que tinham muito mais que 90 anos, mas a ciência não conseguiu precisar exatamente quantos anos tinham. Sr Geraldo, grande pescador, conhecido pelos amigos como Sr Piau, casado com D. Lara, surda que nem uma porta e D. Jota, empregada deles há mais de 80 anos, que já é da família e depois de um AVC só andava com ajuda de um andador. Todos grandes e gordos.
Como D. Jota sempre saia do banheiro do corredor pelada, com uma toalha nas costas, toda vez que ela ia tomar banho, Sr Piau entrava para o quarto, ligava a televisão em alto volume, se trancava e só saia de lá depois que D. Lara avisava que a outra estava vestida.
Um belo dia, quando D. Jota estava toda ensaboada, acabou a água e ela pôs a toalha nas costas e veio para o corredor. Como tinha sabão nas mãos, escorregou e caiu no chão de barriga para baixo, e o andador foi parar no meio da sala onde estava D. Lara que como era surda, não percebeu nada.
Quando deu o tempo do banho, D. Lara foi chamar o Sr Piau e se assustou quando viu o andador sozinho no meio da sala. Entrou correndo no corredor e viu D. Jota caída no chão não conseguindo se levantar. Parecia uma tartaruga em cima de um quebra-molas.
Tentou levantá-la, mas não tinha forças e com tudo sujo de sabão, acabou caindo no chão também. Sr Piau, percebendo que alguma coisa estava errada saiu do quarto e encontrou as duas deitadas no corredor às gargalhadas e tentou ajudar tomando o cuidado de virar o rosto para não ver D. Jota pelada.
Também à gargalhadas escorregou, caiu no chão e bateu a cabeça. Neste momento, Ligia, a filha do casal chegou no apartamento, viu os três no chão dando risada, interfonou para o porteiro vir ajudar, mas amarrou uma toalha de prato no rosto dele por exigência de D. Jota.
Por precaução foram todos para um hospital em que os quartos ficavam nos andares de baixo e a UTI no último andar. D.Jota e D. Lara foram logo liberadas, mas Sr Piau ficou inicialmente num quarto no primeiro andar.
No dia seguinte levaram Sr Piau para a UTI no último andar e quando a enfermeira chegou lá perguntou:
-Ué Sr Piau, o Sr subiu¿¿¿
Ele respondeu: - Subi sim mas espero parar de subir!!!
Ela então disse: - Vou lhe dar um remédio e o Sr vai descer.
Como ela se debruçou sobre ele, não teve como Sr Piau deixar de ver aquele enorme par de seios. Neste momento Sr Piau disse:
- Cuidado com a dose deste remédio, senão sou capaz de descer demais!!!
Escrito por  Helio Faria Junior