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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

UMA NOITE COM A SOGRA


Eu tive uma sogra que se chamava Mara Heloisa e nós carinhosamente a chamávamos de Marelô. Um dia toda a família resolveu fazer uma janta na fazenda que ficava próxima à cidade e para lá foram todos os cunhados, concunhadas, cunhadas, concunhados, filhos, cachorros, gatos e agregados.
Depois de uma farta bacalhoada, todos resolveram voltar para a cidade, mas eu, como tinha que estar lá muito cedo, resolvi ficar e para meu regozijo, Dona Marelô decidiu ficar para me fazer companhia. Alguém conhece alguma coisa melhor que passar uma noite com a sogra??? Um sonho!
Degustamos um delicioso vinho e lá pelas onze horas fomos dormir. Quando deu uma e meia da manhã, bateram à minha porta:
- Helio, estou com medo, está tudo quieto demais!
Respondi com ternura, que era normal, que estávamos na fazenda e que tudo era quieto demais sempre. Ela então voltou para o seu quarto.
Às três da manhã, bateram de novo na minha porta:
- Estou com medo. Tem alguém andando no forro do telhado, deve ser ladrão...
Respondi um pouco seco desta vez:
- O forro é de PVC e se fosse um ladrão, já teria despencado de lá de cima. O que a senhora está ouvindo são os passarinhos que fazem ninho no forro, caminhando. Pode dormir tranqüila Dona Marelô...
Às quatro e meia da manhã, mais uma vez bateram à minha porta e novamente, não poderia deixar de ser, era Dona Marelô:
- Helio, estou com medo, as vacas estão mugindo...
Aí, realmente perdi as estribeiras e disse:
- COMECE A TER MEDO QUANDO ELAS COMEÇAREM A LATIR E OS CACHORROS A MUGIR. AÍ SIM TERÁ CHEGADO O FIM DO MUNDO!
O silêncio foi total e nem os passos dela voltando para o quarto eu ouvi.
Pela manhã, tomamos um agradável café da manhã e nunca mais conversamos sobre o ocorrido naquela noite!!!
Escrito por  Helio Faria Junior

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