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segunda-feira, 23 de abril de 2012

MEU PERSONAL PAULINHO E SUAS GATOSAS (GATAS IDOSAS)




          Paulinho é meu Personal Trainer de Cuiabá/MT. Ele é o melhor Personal de todo o Mato Grosso. É um cara muito forte, estudioso de sua profissão, motoqueiro e tem muitas outras qualidades. Mas, vacilou. Super confiante em sua moto, e em suas habilidades, acabou sofrendo um acidente sério, quebrou as duas pernas, teve fratura exposta e quase virou farinha.

          Fez cirurgias delicadíssimas, colocou pino até nas orelhas, precisou inicialmente de meses de repouso absoluto e em seguida meses de fisioterapias diversas e diárias. Ele ficava todo prosa com as fisioterapeutas. Jogava todo seu charme para cima delas, mas era um verdadeiro “mosca de padaria”, que fica voando em volta do vidro, mas não leva nada para casa!!!

          Até que um belo dia recomeçou a andar, com um andador, mas já andava. Chegou a hora dos exercícios fisioterápicos na piscina. Nosso herói pôs as minhocas de sua mente para funcionar e para imaginar as fisioterapeutas de biquini, em volta da piscina e pulando para ajudá-lo dentro d’água.

          No primeiro dia lá foi ele com seu andador todo alegre para a nova clínica. Na subida da rampa, com esforço hercúleo, conseguiu chegar ao meio e cruzou com uma velhinha de uns 95 anos, de robe e maiô por baixo, descendo com duas bengalas e disse-lhe:

- Força colega, eu já estive assim como você e olhe agora como estou bem melhor!!!

          Paulinho quase desistiu ali mesmo. Era melhor ter dado uma bengalada nele. Mas ele se superou e resolveu seguir em frente. Aquele final de rampa parecia interminável. Quando chegou lá em cima, com o ânimo meio detonado pelas palavras incentivadoras da velhinha, foi recebido por um rapaz alegre que disse:

- Pauliiiiinho!!! Você está óóóótimo e nós vamos deixar você novinho em folha. Deixe eu ajudá-lo....

          Como que por instinto, Paulinho respondeu:

- Não precisa, eu vou sozinho!

          Quando conseguiu chegar à piscina, levou dois choques. O primeiro foi ver que dentro da água tinham umas cinqüenta velhinhas que o mediram com os olhos de cima a baixo umas vinte vezes.
O segundo foi quando sentiu duas mãos em sua cintura e uma voz grossa falando quase dentro de seu ouvido:

- Eu sou o Sergião, fisioterapeuta da piscina!

          Paulinho queria chorar. Cadê as gatinhas, cadê a fisioterapeuta de biquini. Olhava para frente um monte de velhinhas taradas, olhava para trás, um armário embutido de sunguinha, com dois metros de altura com cem dentes na boca, rindo para ele o tempo todo.

          Foram meses de extrema angústia para nosso protagonista. Olhava para um lado, velha tarada olhando para ele, olhava para o outro lado, a mesma coisa, olhava para trás, a mesma coisa e olhava para frente, via dois pés tamanho 54, com unhas imensas do Sergião.  Paulinho esse tempo todo não ousou olhar para cima com medo do que poderia ver.

          Paulinho, agora curado, prometeu que nunca mais anda de moto. Não pelas fraturas, mas pelo pavor de ter que voltar a fazer fisioterapia na piscina!!!

Escrito por Helio Faria Junior

sexta-feira, 20 de abril de 2012

AS ANGÚSTIAS DE UM QUASE IDOSO



          Fui no supermercado comprar uns bifes e um suco. Como estava entupido de gente e na fila preferencial (Idosos e gestantes ou dez volumes) só tinha um senhor, já pagando e um rapaz. Entrei nessa fila. O senhor acabou de pagar e a moça do caixa disse para o rapaz:

- Dê licença, ele tem preferência!

          Falou isso apontando para mim. Minha primeira reação foi olhar pára trás. Não tinha ninguém. Aquela biscate estava falando de mim. Senti vontade de xingar pelo menos umas vinte e oito gerações passadas e futuras daquela infeliz. Cheguei a preparar as mãos para esganar a louca-cega! 

          Mas como o rapaz gentilmente se afastou e me cedeu a vez, resolvi me aproveitar a situação, afinal estava com muita pressa, mas me senti muito mal. Acho que estou um cacareco, pensei!

          Meu docinho estava em Pedro Gomes/MS e foi de carro para Cuiabá/MT, distante 400 km de carro, visitar os primos Mariano e Mariana,  e eu fui de avião encontrá-la lá para matar minhas saudades que são muitas. Na hora do embarque, o rapaz da empresa aérea percorreu a fila tirando as pessoas com crianças e os velhinhos.

          Quando passou por mim, me olhou e disse:

- O senhor pode me acompanhar para a fila preferencial!

          Tenho 58 anos e com a barba por fazer a dois dias, tudo bem, mas a vontade que eu tive foi de pular no pescoço dele e gritar:

- VELHO É A SUA MÃE, DESGRAÇADO, EU SÓ TENHO 58 ANOS!

          Mas não fiz nada disso. Aproveitei a situação e passei na frente de todo mundo. Na maldita fila preferencial, tinham dois casais com filhos pequenos, seis velhinhos cujo mais novo devia ter uns 104 anos e eu. Caramba! Que coisa mais constrangedora. Era a segunda vez no mesmo dia que me achavam idoso-preferencial. Seguimos naquela faixa azul em direção ao avião, e eu, como sou muito gentil, deixei os velhinhos irem na frente naquele passo de tartaruga.

          Confesso a vocês que fiquei muito contrariado. De repente veio a salvação da lavoura. Um casal apressadinho ultrapassou os velhinhos e eu, pimba, fui atrás deles. Me misturei no meio dos mortais comuns e saí do bolo dos JESUS-ME-CHAMA!

          Me senti um menino que acabou de fazer uma travessura e ninguém viu. Subi feliz no avião e dessa vez não tinha um careca de mau hálito ao meu lado, muito pelo contrário, tinha um grupo de pescadores alegres, quase todos mais velhos que eu. Me enturmei e me senti o gandula do time. He he he!!!

Escrito por Helio Faria Junior

quarta-feira, 18 de abril de 2012

LIÇÕES DE VIDA DE UMA PERERECA



Um casal de pererecas pulava em um brejo seco atrás de comida. Não havia o que comer. No desespero, a perereca macho avistou um formigueiro, comeu uma formiga desgarrada  e deu um grito para a perereca fêmea que estava distante dele naquele momento:

- Amor, achei um formigueiro, é melhor comer formiga do que nada.

E partiram na direção do formigueiro, ansiosas pelo alimento que não viam fazia tempo. Só que não se deram conta que seus gritos foram ouvidos por um casal de tamanduás, que são muito maiores e mais rápidos que as pererecas. Quando elas chegaram lá, os tamanduás já tinham comido todas as formigas.

Com o coração partido nosso casal de heróis heroínas aprendeu uma dura primeira lição dessa  vida: QUEM COME CALADO, COME DE NOVO.

Seguiram então em sua determinação de buscar comida e encontraram um ninho com filhotes de coruja. Os filhotes eram tão pequenos e tão feios que as pererecas falaram:
- São tão pequenos e tão feios que comê-los será um favor que vamos fazer à mãe.

Partiram para dentro do ninho e a mamãe coruja apareceu do nada e começou a bicar a cabeça de nossas pererecas, machucando-as bastante. Quase sem forças e com muitos machucados, nosso casal de pererecas conseguiu fugir e também com muita dor, aprenderam a segunda lição dessa vida: NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ VAI COMER, PROTEJA-SE SEMPRE, VOCÊ PODE SE MACHUCAR!

Tristes, famintas e machucadas, nossas protagonistas continuaram a andar naquele mundão seco, parecendo um deserto, quando de repente começou a chuviscar. As duas pererecas ficaram muito alegres e começaram a dançar, rir e cantar. Chuva, significava a volta da vida e dos alimentos.

Como a chuva apertou, a perereca macho se abrigou em baixo de uma grande folha e a perereca fêmea continuou a dançar, rir e cantar. A chuva apertou muito e a perereca fêmea ficou toda molhada.

Várias vezes, a perereca macho chamou a fêmea para se abrigar em baixo da grande folha, mas ela não dava nem bola para ele. A alegria era tanta que ela só queria transbordar sua felicidade.

Quando a perereca fêmea estava bem molhada, veio uma cobra do nada e a comeu, sob o olhar estarrecido da perereca macho. A cobra foi embora e a perereca macho seguiu seu caminho, agora solitário, tendo aprendido a terceira lição dessa vida: QUANDO A PERERECA ESTIVER MOLHADA, NÃO BOBEIE, SENÃO, ALGUÉM VAI COMER.

Se você refletir bastante sobre esta fábula, talvez encontre situações que se adéqüem à sua vida. Leia, releia e reflita. No fundo no fundo, isso vai servir para você, com certeza!!!

Escrito por Helio Faria Junior

terça-feira, 17 de abril de 2012

USO DO BAFÔMETRO EM VÔOS DE AVIÃO



Essa idéia surgiu na última vez em que eu viajei de Goiânia para Belo Horizonte. O avião era pequeno, com duas poltronas de cada lado do corredor e a o meu lado, sentou-se um cidadão, gorducho e careca que nem bem o avião decolou, dormiu e começou a roncar. Que desagradável!

Até aí, tudo bem, ele roncava mas não era um trovão. Incomodava mas não punha em risco a integridade física da aeronave. Mas, em seguida, a criatura abriu muito a boca. Aí a coisa pegou.  Aquele ser  vivente tinha um bafo tão forte e tão ruim, que eu achei que tinha entrado no banheiro do RockinRio.

Tentei a abrir a janela para por a cabeça para fora e eventualmente dar uma vomitadinha básica, mas lembrei que janelas de avião não abrem. Começou a bater um desespero porque aquela latrina ambulante não parava de roncar e exalar seu perfume de essência de chiqueiro.

Senti que a situação saia do controle quando comecei a torcer para o avião cair. Foi aí que a aeromoça com o carrinho de bebidas encostou do nosso lado. Eu pensei que o infeliz ia acordar para comer alguma coisa que interrompesse aquele ronco e seu fiel escudeiro, o bafo da morte. Nada! Nem se mexeu.

Pedi um suco e quando a aeromoça veio me entregar o copo, rapidamente estiquei o braço e meti o cotovelo no nariz dele. Finalmente consegui acordar o trator engripado. Pedi desculpas, coloquei a culpa na turbulência e antes que ele ousasse piscar, pedi a aeromoça que o servisse de sanduíche e coca.

Eu não sei o que ele pensou, só sei que a tática deu certo, o cara comeu e bebeu toda a coca e antes que ele se atrevesse a dormir de novo pedi dois cafés amargos para nós dois. Dizem que café com coca deixa o cara acordado.

Parece que deu certo. Bem que o infeliz tentou dormir, mas uma turbulência infernal até a chegada em CONFINS não deixou a gente em paz. Se não estivéssemos amarrados com o cinto de segurança, tínhamos saido todos voando. Nunca pensei que eu fosse me apaixonar por uma turbulência, mas dessa vez, amei.

Escrevi naqueles envelopes de sugestão, para que fosse utilizado um bafômetro nos aviões, não para ver o teor alcoólico de ninguém, mas para medir a potência do bafo. Se for bafo forte, mete uma máscara no infeliz e pronto, melhora o vôo dos demais.

Escrito por Helio Faria Junior

sábado, 14 de abril de 2012

CUTUCARAM A PRÓSTATA DO ITALIANO



          Eu tenho um tio chamado Giovanne, na realidade é meu tio-avô. Um italianão bruto, grosso, rústico e cruel. Machão inveterado e preconceituoso até em baixo d’água. Eu só lembro de uma discussão enorme envolvendo ele, minha tia, minha avó e meu avô. Depois vim a saber que a discussão era porque um médico tinha recomendado que ele fosse a um urologista.

Eu só ouvia o italiano berrar:

- Ninguém vai por o dedo em mim, ainda mais nesse lugar! Muito menos esse Doutor 
Lazarento ( o médico se chamava Dr Lázaro).

          Como ele era grosso que nem toco de açougueiro, foi preciso dizer a ele, que era flamenguista roxo, que se não fizesse o exame ele ia morrer e os vizinhos dele, todos vascaínos e botafoguenses iam pegar a titia, assim que ele morresse.
Aí, mexeu nos brios do italiano. Ele olhava bravo para ela e ela abaixava os olhos e dava de ombros e dizia:

- Não fica bravo não, não sou eu quem está falando!!!

          Marcada a consulta eu fui encarregado de ir com ele. Fomos de ônibus e em todo o trajeto, ele se mostrava muito nervoso. Não deu uma palavra comigo e resmungava o tempo todo.

          Chegando no médico, ficou mais contrariado ainda quando viu uma bandeirinha do Vasco em cima da mesa. Ele discutiu tudo o que pode, usou todos os argumentos, até que o médico, que já estava instruído falou assim:

- Você prefere morrer e deixar uma viúva nova e bonita ou fazer o exame???
      
          Muito a contra gosto, resolveu aceitar. Entraram para a sala de exames e Dr. Lázaro falou:

- Tire as calças e a cueca e fique de quatro em cima dessa maca.  Eu vou ligar a televisão para o senhor se distrair.

          Era a final da Copa do Mundo entre Brasil e Itália. O médico colocou a luva cirúrgica, lambrecou de vaselina e quando ele começou o exame, Baggio perdeu o pênalti. Tio Giovanne soltou um berro nunca antes ouvido na história deste país.

          Dr. Lázaro pulava e gritava: -É campeão, é campeão!  E tio Giovane chorava e gemia.

          Pelos meus cálculos, o médico ficou uns dez minutos comemorando, mas sem interromper o exame. Vocês captaram???  Dez minutos pulando sem tirar o dedo. 
          
          Meu tio saiu de lá cabisbaixo, chorando feito criança e nem na cara do médico ele olhou. Como estava tudo bem, fomos embora para casa.

          Quando ele saiu eu perguntei:

- Quem foi campeão???

- Não sei, meu filho, não sei! Me respondeu o titio!

          Do mesmo jeito derrotado que ele saiu do consultório ele chegou em casa. Abraçou minha tia e disse:

- Já dei minha cota de sacrifício. Você vai ficar viúva, mas outro exame desses eu não faço nem que a vaca tussa!!! C.A.P.I.C.H.E.  Nem pela honra de minha Itália eu repito esse exame e esse assunto está proibido nesta casa!!! Porca miséria.

Escrito por Helio Faria Junior

terça-feira, 10 de abril de 2012

MÉTODO CEARENSE PARA SALVAR GORDAS AFOGADAS




          Hoje eu vou contar para vocês uma história que se passou em uma das praias de Fortaleza/CE. Primeiramente eu gostaria de fazer um aparte. Esse negócio de gorda ir para a praia devia ser proibido, porque só causa problema. Faz mal até para as vistas. Eu estou falando de gooooorda mesmo.

          Uma dessas criaturas, muito alegre e risonha, porque toda gorda ri até de batida de trem, resolve tomar umas e outras na praia e não tendo onde fazer xixi, resolveu alegremente entrar na água. Foi aí que a história começou.

          É claro que a biltre não conseguia nadar. Cada onda que vinha era um balde que a louca bebia. E quem tinha coragem de chegar perto daquele elefante?? Ninguém! Até que uma bendita onda, a maior de todas lançou a gorda rolando na areia.

          Só que ela ficou ali estrebuchando e não apareceu um único ser vivente para fazer uma respiração boca a boca. Se fosse uma gata escultural, ia ter fila para salvar a moça, mas como era uma gorda, ninguém se habilitou.

          Uma alma caridosa chamou os salva-vidas  que rapidamente chegaram em um JEEP vermelho, desceram e mais velho foi para o sacrifício e fez a respiração na gorda. Depois na corporação ele foi condecorado,mas isto não vem ao caso...

          Os cinco bombeiros salva-vidas não deram conta de levantar a maca da gorda e mais uma meia dúzia de banhistas ajudou a levantar a maca e por no JEEP. Quando foram sair, não se deram conta da proximidade da água e o JEEP atolou nas quatro rodas. 

          Todos os salva-vidas desceram para tentar desatolar e a gordinha tentava achar com os olhos, desesperadamente, o que havia feito o boca-a-boca nela, mas ele habilmente se esquivava dela.

          Um carro da polícia veio em socorro veio e também se atolou. Daí, os salva-vidas foram acudir o outro carro e a gordinha, com uma mão na testa e a outra dando “até logo” para urubu, tentava chamar atenção de alguém.

          De repente, um experto gritou:

- A maré vai levar o JEEP!!!

          A gordinha não quis nem saber se era verdade ou mentira, rolou da maca para a areia e saiu correndo, para espanto de todos!!!

          Com quatro folhas de coqueiro, desatolaram os dois carros e voltaram para o quartel para escrever no manual do Salva-vidas o novo método se salvar gordas afogadas!!!

Escrito por Helio Faria Junior


segunda-feira, 9 de abril de 2012

OS FANTASMAS DE LOS PALMITOS




          Vocês se lembram do Silvio Ricardo, um amigo da cidade de LOS PALMITOS na Colômbia, do conto QUANDO UMA GALINHA MORRE VIRA ALMA PENADA OU DEPENADA? Se não lembram ou não leram, eu aconselho vocês a pararem aqui, lerem o texto publicado neste blog em 29 de março de 2012 e depois continuarem a ler este aqui. Vocês vão achar melhor, com certeza!
 
          Pois bem, depois da história do roubo das galinhas, ele se trancou num quarto, pensou que era uma galinha, fazia xixi nas calças, comia milho.....ficou realmente muito mal. Mas, foi bem acompanhado e um dia a Danielli me telefonou dizendo que o Silvio estava recuperado e que seus amigos iam promover um fim de semana, em uma chácara na beira de um lago em uma localidade próxima.

          Quando chegaram lá, se deram conta que tinham alugado uma casa velha, caindo aos pedaços. Quando Danielli abriu a porta da casa, a pia da cozinha caiu, e a auto confiança do Silvio também. Ele colocou a caixa de cerveja no chão e foi saindo de fininho, quando deu de cara com um galo. Começou a suar frio, ficou branco e a Renata perguntou:

- O que foi agora Silvio Ricardo. Está com medo do fantasma da casa ou do galo???

- É que eu não sei se avisaram para o galo que eu não sou mais galinha....

          Lenise, que tinha medo até de pernilongo morto, começou a rir sem parar e começou a fazer nas calcinhas, sólidos, líquidos e gasosos. O jeito para contornar a situação foi jogar a Lenise no lago. Ela logo saiu do transe!!!

          Mais uma vez os ânimos foram serenados, Silvio acalmou, e foi feito um belo churrasco regado com muita caipirinha de abacaxi. À noite, todo mundo foi dormir bêbado. Lá pelas três da manhã um barulho grande no forro acordou todo mundo. Larissa, Renata e Danielli se abraçaram e se enrolaram em um cobertor. 
          
          Lenise, não se mexeu do colchonete, mas fez nas calcinhas tudo de novo!
Silvio, nosso destemido herói, resolveu subir no forro e desvendar o mistério do fantasma barulhento. Afobado, Silvio pegou uma escada e subiu rapidamente no forro onde deu de cara com o fantasma e correu na direção dele, tropeçando em um caibro.

          Como o forro era de madeira, primeiro despencou o Sílvio, caindo em cima das três que não paravam de berrar, em seguida despencou uma raposa apavorada, que gritava mais que os quatro amigos juntos, até achar uma janela para fugir.

          Desta vez não teve desmaio, nem fantasma, nem galinha depenada. Como forma de comemoração, foi feito um novo batismo para Sílvio que foi jogado no lago gelado, ele estava curado de sua doideira, em compensação, pegou uma baita pneumonia.

          Quanto à Lenise, ninguém soube me dizer como ela voltou do acampamento. Se bobear, deve estar até hoje lá.....rsrsrs

domingo, 1 de abril de 2012

MINHA NORA CHEGOU




          Cecília é o nome dela, uma pessoa encantadora, vejam se vocês conseguem enxergar aquela que eu pensei ser a esposa do Presidente. Eu estava olhando para a pista onde o avião acabara de taxiar. Ela é tão metida que até o avião dela é diferente. Todo mundo viaja de TAM, TRIP, AZUL, etc. Cecília, não! Cecília veio de AVIANCA!!!

          Bem, como conheço bem a minha nora, achei que logo ia reconhecer. De repente, saiu do avião a mulher do presidente. Uma morena linda, de longe parecia ter uns dois metros de altura, de luvas brancas, com os maiores óculos escuros que já vi em minha vida, tinha até selo do GUINESS BOOK como o maior óculos do mundo, um chapéu de rendinhas, cor de rosa, que para sair do avião, duas comissárias de bordo tiveram que ajudá-la abaixando as abas do chapéu que quase chegaram à cintura.

- Menino, o que é aquilo??? Pensei.

          Um vestido de alças largas, grudado ao corpo, vermelhão, com um enorme decote em “V” atrás que quase não se via porque era coberto por seus longos e negros cabelos lisíssimos e sem decote na frente, comprimento três dedos acima do joelho, com um sapato de salto tão grande que acho que só a unha do dedão tocava no chão, com um cachorrinho POODLE, preto (Tico) todo careca, com pelos só na ponta do rabo e na cabeça, de tênis.....isso mesmo, eu não escrevi errado,o cachorro usava quatro tênis NIKE com amortecimento multidirecional!!!
          
          Quando a mulher do presidente saiu da sala de bagagens, só com uma frasqueira de mão e o Tico, todo, inclusive este que escreve, ficamos de queixo caído. Ela caminhou toda decidida na minha direção e quando eu me preparava para sair da frente ela abriu um enorme sorriso e disse: - Sogrucho, pegue minhas malas por favor!!!!

- C.E.C.Í.L.I.A!!!

          Quando eu consegui retomar a respiração e fechar a boca, entrei e peguei suas nove mala e a casinha de cachorro, que não podia ser diferente, era um sobrado...sobrado, não!! Era uma casa duplex com varanda....

          Eu fui ao aeroporto com minha S-10, Executiva, preta, bancos de couro, impecável,  que para mim era o máximo!!! Quando ela olhou para o carro, disse com cara de nojo: - Credo sogrão, é nisso que nós vamos??

          Prefiro não relatar aqui o que pensei, mas não falei nada, só dei um sorriso amarelo, o mesmo que dei quando passamos em frente ao WALMART e ela o chamou de “mercadinho”.

          Foi o trajeto mais longo do aeroporto até minha casa tendo que ouvir as pérolas de Cecília:

- Aumente a temperatura do ar. Tico é muito alérgico a baixas temperaturas...

          JESUS acenda a luz!!!

Escrito por Helio Faria Junior