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Três semanas de Rio de Janeiro e Bob, goianinho lá do cafundó do Judas, que nunca tinha andado de avião, se transformou em outra pessoa. A timidez foi completamente apagada e nosso amigo chegou ao aeroporto Tom Jobim de bermuda grandona e cheia de bolsos, tênis super colorido, camiseta escrito “FUNKEIRO” , óculos escuros e mascando chiclete.
Depois de colocar seu mochilão na esteira, foi passar no detector de metais e “pi pipi pi pi pi pi pi PI. O “novo carioca” começa a achar ruim:
- Qualé mermão, tô limpo!!!
Pegou uma bandeja e pôs o boné, os óculos, um monte de moedas, cortador de unhas, cinto, a carteira de documentos, o relógio e um cordão de aço inoxidável!.
Passa de novo no detector de metais e “pi pi pi pi pi pi pi pi pi “ .
- Pô cara! Só se eu ficar pelado, brodi!
Tirou os tênis, a camisa que estava por cima da camiseta regata e os protetores de punhos, os brincos e pôs tudo em outra bandeja.
Foi passar mais uma vez e pi pi pi pi pi pi pi pi pi “ A galera de trás começou a ficar impaciente e o burburinho começou.
Bob começou a esbravejar, falou um monte de bobagem para o policial que pediu para ele dar dois passos para frente e saísse do caminho, começando a passar nele o detector de metais manual e como Bob fazia um escândalo, o policial fez a revista bem devagar. Chegou a bater com o detector no meio da bunda dele, BOB resmungou:
- IIIIIIIIhhhhh! Pega leve, irmão!!!
De repente, quando o detector passou em um dos bolsos do bermudão, começou a apitar histericamente pipiripipi pipipi pipi piriri pirpipipi piripiripipi piripipi e o policial perguntou o que tinha ali, mas BOB não se lembrava. O policial pediu para ele esvaziar o bolso.
Dali saíram uns quinze pacotes de camisinha e BOB, vermelho como um pimentão, não sabia o que fazer. O policial gritou para o seu chefe, que estava a uns vinte metros de distância, o que era e como a fila andou, cada um que passava, falava uma gracinha:
- E aí, IRON MAN!!!
- É camisinha de aço, é??
Para acabar com o moral de BOB, passou uma velhinha de uns noventa anos, quase surda e falou para ele bem alto e todo mundo ouviu:
- Você voltando do Rio de Janeiro com esse monte de camisinha, tem um lado bom. É que se você não arrumou nenhuma namorada, isso é sinal que também não arrumou nenhum namorado.
- Meu reino por um buraco!!! Pensou BOB para se enfiar. Para completar, o voo foi chamado, BOB demorou a se recompor e foi o último a entrar, e atrasado. Quando entrou no avião que o povo viu que o atraso era por causa do homem das camisinhas de aço, deu a maior vaia da história da aviação brasileira.
Como seu assento era o penúltimo, no sentimento dele, levou meia hora para cruzar aquele corredor interminável, e acabou sentando-se do lado daquela velhinha, que foi do Rio a Goiânia dando-lhe a maior lição de moral, que começou abordando a imoralidade de seus atos e acabou em todas as possíveis doenças sexualmente transmissíveis. Tudo isso falando alto, porque a velha era quase surda. Imaginem a cara do BOB que em toda a viagem só sacudia a cabeça que sim e que não. Não deu uma única palavra!
Quando o avião pousou, BOB fingiu que dormiu, foi o último a descer do avião para que ninguém o visse, mais uma vez sua mala estava sozinha na esteira. Ele pegou a mala, saiu cabisbaixo rumo ao ponto de taxi. Pegou logo o primeiro, entrou no carro e disse ao motorista:
- Para o parque Flamboyant.
O motorista arrancou com o taxi e logo falou:
- O senhor estava no avião onde veio o cara das camisinhas?
BOB pulou pela janela.
Hoje ele teve alta, está um pouco arranhado, mas passa bem. Pedimos a todos que o conhecem que não abordem com ele nenhum assunto que envolva a palavra “camisinha”. Para seu próprio bem!!!
Por Helio Faria Junior
Poxa, Hélio, BOB tava tão bem, zuando de tudo...esse detector de metais...rsrs, ninguém merece!!!
ResponderExcluirKherlone Garcia