Total de visualizações de página

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O GOLPE DA FEIRINHA

 Na rua onde você mora tem uma feirinha? Não? Pois na minha tem, toda semana, às quartas feiras. Nesta feirinha vendem-se roupas, bijuterias e outras quinquilharias mais, como é característico de Goiânia, não têm verduras nem frutas, só calcinha, sainha, blusinha,   inha, inha...inha!
Este ano eu decidi que seria diferente dos outros anos. Eu não iria me endividar no fim do ano, para não entrar o ano novo devendo. Todas as contenções foram feitas e estava tudo preparado para entrar dezembro numa boa, e acabei entrando bem...
Depois de um dia inteiro de trabalho, cheguei em casa cansado, louco para tomar uma ducha e cama. Mas, meu docinho, no auge de seu dengo chegou pra mim e disse: - Vamos comer na feirinha? (lá tem espetinho, pastel, Yakisoba e outras coisinhas...). Até aí, um mar de rosas, mas parece que a mulher da gente recebe informações secretas do chip de nosso cartão, porque elas adivinham quando a gente passa no cash e saca dinheiro.
Os homens da casa tinham ido caminhar no Parque, então para a feira fomos só eu, meu docinho, duas filhas e duas noras, só mulheres. Sentiram onde o besta se meteu?...
Cada coisa que meu docinho olhava ela dizia: Nossa, que barato!!! Ah, não podemos deixar de comprar... Assim foi amigo, comprou pra uma, tem que comprar para todas. Eu e aquele bando de mulher!
Chovia e parecia que metade de Goiânia estava dentro da feirinha e a outra metade esperando vaga para entrar. Jesus Cristinho que me perdoe, mas aquilo foi o portal do inferno. Nós de guarda-chuvas, numa rua estreita, duas fileiras de barracas no meio da rua, entre corredores minúsculos, e nas calçadas, as barracas de comida, cheias de poças d’água onde as pessoas comiam, trompavam e se esfregavam. Meu docinho entrou na feira cheirando perfume francês e saiu cheirando a peixe frito na gordura... Credo!
Na primeira barraca já foram cinco cintos, cinco cangas, cinco bermudas, cinco sainhas lindas e vinte e cinco regatas básicas, não caneladas. 56 minutos saímos da primeira barraca e fomos para a segunda carregando dezenove sacolas por aquele corredor lotado, rumo à segunda, das 397 barraquinhas da feira. Bem, vamos resumir: no fim, o besta aqui tinha torrado toda a grana que tinha no bolso, detonado os três cartões de crédito, e só não deu mais cheques pré-datados porque os três talões acabaram.
Tive que ir em casa buscar o carro para carregar as compras, me endividei como nunca antes na história deste país e pedi uma comida chinesa por telefone. O pior da festa foi que as cinco voltaram para casa ainda emburradas comigo e bicudas porque não compraram tudo que queriam. Na próxima encarnação eu quero vir cachorro de madame !!! Au au!!!
Por Helio Faria Junior

10 comentários:

  1. ahuahauhauh...mantenedor de familia sofre....bom texto pai!!!!

    ResponderExcluir
  2. Quado li o relato me senti partícipe do processo, tbém tenho 3 mulheres(uma esposa e duas filhas), diga-se de passagem...

    ResponderExcluir
  3. KKK! ESSA É BOA.MAS TAMBÉM QUEM MANDA TER TANTAS MULHERES.ESPOSA,FILHAS,VIU?

    ResponderExcluir
  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ainda vai na fera? kkkkkkkkkkkkk muito boa !!!! eu tb quero ir nesta feira !!.

    ResponderExcluir
  5. Bom mesmo é ter para bancar...rsrsrsr

    ResponderExcluir
  6. KKKKK ESSA É MUITO BOA!!! Compadre! fala sério...os homens gostam de acompanhar as mulheres nessas comprinhas básicas...rsrsr

    ResponderExcluir
  7. Hahahahaha! Vou fazer companhia da próxima vez!!

    ResponderExcluir
  8. Gostei muito Sr.Hélio,aqui em casa sou pai e mãe,portanto,sua peripécia é verídica.Rsrsrs e adorei o texto,bem escrito e elaborado.Da próxima vez...faça feira sozinho.

    Angelini.

    ResponderExcluir
  9. Helinho, da próxima vez traga as meninas para a Feira da Lua aqui em Brasília, a Mara vende "coisinhas" "lindinhas" lá e ela ia adorar a presença desse potentado e seu harém no stand dela... Sorte a minha, a mulher vai à feirinha e ainda traz dinheirinho prá casa.

    Batista

    ResponderExcluir