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domingo, 22 de janeiro de 2012

A DESASTRADA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE JUAN NAVAJO

Se você nunca ouviu este nome, JUAN NAVAJO, visite http://oliviaebolivia.blogspot.com e leia o texto BRUXARIA ESPANHOLA, antes de começar a ler este texto, para você entender como tudo começou. Você vai dar boas risadas. Eu e o Frank garantimos!!!
JUAN, uma pessoa íntegra, ilibada, retilínea, sem deslises, não conseguia dormir com a consciência pesada pela atitude de tentar enganar o gigante polonês STANISLAW PROSCHKA no episódio da morte de seu papagaio e decidiu que não ia doar nada ao convento, iria trabalhar na chácara do ex-vizinho, metade dos lucros entregaria para as madres e metade juntaria para ir ao Brasil tentar trazer PROSCHKA de volta.
Os negócios começaram a ir de vento em popa e com a morte de Javier, o vizinho do outro lado, JUAN comprou a chácara da viuva, expandiu os negócios e abriu provisóriamente um pequeno restaurante e empório, para comercializar logo as avestruzes  e sub produtos, que se chamou :
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE ENERO
Como janeiro chegava ao fim e a fila de gente reservando lugar ainda era grande, ele mudou o nome para:
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE ENERO Y FEBRERO
Mais fila, inclusive de gente de Madrid e um novo nome
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DEL PRIMER TRIMESTRE DEL AÑO
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DEL PRIMER SEMESTRE DEL AÑO
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES  DEL AÑO
E como teve que abrir no NataL e na virada do ano, almoço e jantar:
RESTAURANTE y EMPÓRIO AVESTRUCES DE TODOS LOS TIEMPOS.  
Bombou tanto que começou a abrir franquias pelo mundo!
JUAN NAVAJO, finalmente descobriu o endereço de STANISLAW no Rio de Janeiro, e partiu no primeiro  navio. Feliz da vida, ia trazer de volta seu querido amigo, injustiçado pelo destino e o tornar sócio de um grande negócio que só acontecera, graças a confusão.
Quando chegou ao Brasil, no Rio, foi direto para a casa do polonês, que era tão longe que ele pensou que estava indo para a Argentina. Eles moravam em um morro, com declive para a tarte de trás da casa. Chegando lá, Annie Cristine, esposa de PROSCHKA, de origem Franco-Belga encerava a casa que tinha o piso daquele vermelhão, bem liso.
JUAN NAVAJO se identificou, entrou e deixou a porta aberta. Em seguida, PROSCHKA chegou e ainda do lado de fora recebeu um telegrama do convento com os seguintes dizeres:
FELIZES COM SUAS CONTRIBUIÇÕES. TRISTES MORTE SEU VIZINHO e o plolonês, supersticioso em último grau, achou que JUAN tivesse morrido. Entrou em casa correndo e gritando:
- Annie Cristine, Annie Cristine, meu amigo JUAN....e viu JUAN, em pé parado ao lado da mesa.
Arregalou os olhos e tentou parar, escorregando na cera fresca. Deslizou até a janela, caiu para o lado de fora, em cima do varal, rolou pela ladeira do quintal igual uma múmia envolvido em lençóis e calcinhas e foi se estatelar no muro.
Annie, tentou sair em socorro ao marido, também escorregou na cera, deu um 360º digno de Patricia Moreno ou Daniele Hypólito e se estatelou no chão. Os dois desmaiaram!
No dia seguinte, JUAN foi visitá-los no hospital. PROSCHKA tinha quebrado uma perna, os dois braços, a bacia, torcido o pescoço e estava com um olho fechado e roxo. O que bateu no muro. Annie, quebrou só a bacia, um calcanhar e a cabeça!
Quando PROSCHKA viu JUAN enrar no quarto começou a gritar:
- O MALDIÇON DO PAPAGAIA, O MALDIÇON DO PAPAGAIA
JUAN explicou que quem tinha morrido era o outro vizinho, o JAVIER, esclareceu toda a história do papagaio e convidou PROSCHKA e ANNIE a voltarem para a Espanha para assumirem sua parte nos negócios.
STANISLAW disse que o novo negócio era do convento e que ele e sua mulher estavam muito bem dando aulas particulares de polonês, alemão (ele era de ascendência alemã) francês e espanhol, alem de serem tradutores oficiais dos consulados da Polônia, França, Alemanha e Espanha. Estavam tão bem, que haviam comprado uma pequena propriedade rural em São Fidélis/RJ e quando saíssem do hospital, estariam se mudando para lá!
Ao sair do hospital, JUAN perguntou a enfermeira que tomava conta do casal se todos os pelinhos dele eram loiros, e para satisfazer sua curiosidade, ela disse:
ERAM!!!
Por Helio Faria Junior

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