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domingo, 15 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MARATONA

          Todo mundo diz que a maratona foi inspirada em um soldado grego que correu 42.195 m para dar a notícia da vitória de uma batalha ao povo de sua cidade, deu a notícia e morreu. Tudo conversa fiada. Quem é esse soldado? Cadê os parentes dele? Qual é o CPF dele? Filho de quem? Ninguém tem as respostas, portanto é tudo invenção. 

          Vou contar para vocês a verdadeira e documentada história do surgimento da maratona.
Ha muitas e muitas décadas (para alegria da Helena, yes!!!) na cidade de São Joaquim do Não Se Mata, no noroeste do estado do Rio de Janeiro, havia um padeiro conhecido por João Padeiro, que preparava pães, doces e roscas em sua chácara, longe da cidade. Como tinha que estar bem cedo, antes das 7 horas na cidade, acordava de madrugada, preparava e assava suas massas, punha num cesto coberto por uma toalha e ia para a cidade em sua bicicleta. Dia sim, dia também era sempre a mesma rotina. Não tinha sábado, domingo nem feriado.

          Um belo dia, morreu um figurão da cidade no início da noite e como o transporte da época era cavalo, ficou difícil avisar a todos os amigos e parentes da região. Durante todo o dia seguinte o corpo foi velado e como começava a cheirar mal, marcaram o enterro para o outro dia bem cedinho.

          O coveiro foi abrir a cova de madrugada. Tirou toda a terra do buraco de sete palmos de profundidade e jogou para o canto do muro. Lá pelas 5:30 da manhã, ainda no lusco-fusco do amanhecer do dia, ouviu o barulho da bicicleta do João, subiu no monte de terra  e ficou com meio corpo acima do muro, e acenou para o padeiro, mas João, que passava na quina do muro do cemitério, com seu chapelão muito usado no interior, não viu.

          Daí, como estava com muita fome ele gritou:
- DÁ UMA ROSCA AÍ, JOÃO PADEIRO!!!

          João, que não esperava, tomou o maior susto do mundo, imaginem vocês, no maior silêncio e de repente sai um berro vindo de dentro do cemitério no fim da madrugada. Só podia ser de uma alma penada! Ele se esborrachou no chão, voando pão e rosca para tudo que foi lado. João não quis saber de nada, largou bicicleta com tudo para trás e saiu catando cavaco, ladeira abaixo.

          Na entrada da cidade, passou zunindo pelo cortejo, arrancando a fita de proteção do caixão e quando mediram a distância do cemitério àquele lugar da fita, deu exatos 42.195 m.

          Daí em diante, correr essa distância virou tradição que acabou na olimpíada. O que não se sabe é onde João Padeiro parou, se é que parou!!!
Por Helio Faria Junior

5 comentários:

  1. Hehehe, mais uma descoberta científica... Parabéns, muito bom...

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  2. Acho que ele passou por aqui na corrida de Reis aqui em Cuiabá MT...agora só não tenho certeza se alguem viu ele cruzar a linha de chegada...muito boa!

    LUICENNE

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  3. elisa thomé da silva28 de janeiro de 2012 às 01:56

    Pobre padeiro. Muito boa

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