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sábado, 28 de janeiro de 2012

A TECNOLOGIA EM DESFAVOR DO HOMEM


 Vocês já devem ter ouvido e lido muito a expressão “A tecnologia a favor do homem”. E em desfavor do homem¿ Já pensaram nisso, hein? Hein? Hein?
Pois eu tive uma experiência altamente desagradável esta semana. Como todo mortal vivente, eu também tenho filhos que também estão na escola e que também recebem todo início de ano uma lista do tamanho de um bonde para comprar. Aliás, acho que vou encontrar muita gente aqui para fazer um coro que tem vontade de entender, que diabos as escolas fazem com tanto material. Ainda mais para mim que tenho filhas gêmeas. Aí sim que estou frito. Até fardo de rolos de papel higiênico já me pediram. Já pensaram se no cinema fosse assim. Haveria uma placa dizendo:
“SOMENTE VENDEMOS INGRESSOS SE VOCÊ COMPROVAR QUE TEM EM SUA BOLSA DUAS GARRAFAS DE ÁGUA, DOIS SACOS DE PIPOCA, DOIS ROLOS DE PAPEL HIGIÊNICO E  DOIS OB's. ESTUDANTE COMPROVA A METADE”. Ridículo.
Bom, meu docinho, essa esposa doce e tenra que eu tenho em meu lar ia sair com as meninas para comprar os materiais escolares. Com sua peculiar meiguice ela me falou:
- Me dá logo seu cartão porque eu tenho que ir com as meninas na livraria para ser assaltada por aquele bando de ladrões que vão nos vender os materiais escolares. Vou comprar umas coisinhas para mim. Anda logo, passa o cartão!”
Ela fala assim brincando, porque no fundo, no fundo, lá bem no fundo do fundo meu docinho é meiga e delicada...mas não me tira a preocupação do “umas coisinhas para mim”!!!
O meu grande erro, foi ter colocado em meu celular um dispositivo que cada vez que acontece um débito na conta, o telefone apita: piriripipipipiriripiriripipipipipi. Inadvertidamente, entrei em uma reunião com meu chefe e uns dez clientes da empresa e eu fui fazer a apresentação, deixando o celular em cima da mesa.
Comecei a apresentação, com toda a pompa, com Data Show, gráfico de pizza e de coluna e o escambau de bico. Eu estava no auge, falando com toda a desenvoltura, dominava o assunto e a platéia, me sentia mais importante que o jegue que carregou Nossa Senhora,  quando de repente o celular fez piriripipipipiriripiriripipipipipi.
Aquilo foi meio constrangedor porque todos da mesa olharam para o celular,  mas dei um sorriso amarelo e expliquei que não era uma ligação e sim o aviso de um débito em minha conta, mas não perdi o rebolado!
Trinta segundos depois, piriripipipipiriripiriripipipipipi, fiquei desorientado e preocupado e quando pedi para desligarem meu celular ele gritou de novo piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi.
O estagiário, sempre o estagiário, pegou o celular e desligou e eu fiquei aliviado. Até a cara do meu chefe melhorou um pouco, uns 0,001%,mas melhorou! Só que o infeliz não desligou o aparelho, só pensou que havia desligado.
Tentei retomar minha palestra, suando mais que uma torneira aberta e o miserável do celular começou a piar: piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi, piriripipipipiriripiriripipipipipi e tudo escureceu.
Agora estou aqui no CTI, para onde me trouxeram logo após o infarte, incomunicável e só estou conseguindo transmitir isso para vocês porque subornei um enfermeira gorda para anotar o que eu estou falando. Maldita tecnologia, até meu emprego foi para o brejo!!!
Por Helio Faria Junior

2 comentários:

  1. elisa thomé da silva28 de janeiro de 2012 às 02:20

    Ninguém merece lista de material escolar. Dá pra infartar mesmo!

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  2. Hehe...
    E sobrou ao menos dinheiro pra pagar a conta do hospital?

    Moacir.

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