Depois que minha Turquinha virou espírito, tratei de refazer a minha vida e então comecei a procurar uma pessoa que se enquadrasse dentro das características que eu procurava para ser mais feliz do que eu era e por um golpe de sorte acabei por encontrar Juliana que era perfeita para aumentar a minha felicidade.
Como as coisas entre nós iam de vento em popa, resolvemos nos casar com toda a pompa que qualquer moça sonha. Igreja, véu e grinalda, festa para os convidados, uma montanha de padrinhos e madrinhas, mas não contávamos que um espírito baixasse no dia do casamento.
Por bom comportamento, depois dos escândalos que fez para ir para o céu, minha Turquinha recebeu a permissão de um dia visitar a Terra e ela escolheu justo o dia do meu casamento para tentar estragar tudo.
Quando Juliana vinha entrando na igreja de braço dado com seu pai, sobre um lindo tapete vermelho, o espírito de minha Turquinha veio por trás com tanta força para entrar no corpo da noiva que ela tropeçou para a frente e quase caiu.
Quando chegaram ao altar pelo olhar de Juliana eu já percebi que havia alguma coisa errada. Ela soltou do braço do pai, nem olhou para ele e me deu um beijo que quase arrancou minha goela, eu não sabia exatamente o que era, mas desconfiei porque Juliana, doce como é, jamais teria aquele comportamento.
Quando o padre perguntou se ela me aceitava como legítimo esposo ela respondeu gritando, sapateando e sacudindo a cabeça:
- Non, non e non....non bai mais haver casamento nenhum. Non bou deixar, non quero!!!
Já foi o suficiente para desmaiarem a mãe, duas avós, três tias, três madrinhas e um padrinho sensível que Juliana tinha. O barraco estava armado. Neste momento não tive mais dúvidas de quem havia tomado o corpo de minha noiva.
Segurei Juliana pelos braços e disse no ouvido dela:
- Deixe de ser boba, se não houver casamento não vai ter lua de mel, é sua última oportunidade!!!
Ela então se tocou que eu tinha razão porque quando soubessem no céu o que ela fez na Terra, jamais poderia voltar aqui e resolveu aceitar continuar a cerimônia. Enquanto todos acudiam as desmaiadas e o padrinho sensível que começava a dar um chilique, fui ate o padre e contei o que estava acontecendo.
Depois dos “sim e sim” comuniquei aos convidados que o padre iria nos dar uma bênção particular, fomos para a sacristia onde ele invocando a ajuda dos céus, conseguiu que o espírito saísse do corpo de minha Juliana e subisse de novo para os céus, agarrado por 20 anjos, esperneando tanto que até o lustre da sacristia balançou e caiu quando passaram por ele.
Quando Juliana voltou a si, explicamos tudo para ela que entendeu que, apesar de não se lembrar de nada, estávamos casados.
O único problema que tivemos foi o de assinar novamente os livros de casamento porque neles estava assinado:
“ Turquinha “!!!
Escrito por Helio Faria Junior
Adorei
ResponderExcluirNão sei quem você é, nem de onde você vem...........mas também adorei seu comentário. Faça isso sempre!!!
ExcluirRsrsrsrsrs
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk fico aqui a imaginar a cena, que cofusão hem... rsrs Mto legal!!!!!
ResponderExcluirElizabeth, fiquei feliz com seu comentário. Rir é fundamental para uma boa qualidade de vida e só ri muito quem imagina as cenas. Parabéns!!!
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