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domingo, 20 de novembro de 2011

NOSSA PRIMEIRA VIAGEM À EUROPA - PARTE I


Hoje vou contar a história  de dois pobres (em experiência em viagens internacionais) indo para a Europa pela primeira vez. Foi uma viagem maravilhosa. Eu, por força das minhas atividades profissionais anteriores, falava o suficiente de Inglês, Francês e Espanhol. Minha esposa ficou tão muda que quando voltamos, um mês depois, ela ficou dez dias para se lembrar de novo do Português!!!
Mas o corriqueiro todo mundo sabe, o que foi engraçado, e eu gostaria de compartilhar com todos, foram os foras e situações engraçadas pelas quais  passamos. A começar pelas malas. Eram três: Uma grande, uma maior que a grande e uma muito maior que a maior que a grande. Fora saco, sacola, saquinho, bolsa, mochila, frasqueira e pochete. Eu me sentia um astronauta de tanta coisa em volta de mim.
Como o avião saía do Rio de Janeiro, e com minha vasta experiência internacional de zero viagens à Europa consegui convencer a minha esposa a retirar roupas que nós não íamos usar e deixar uma mala no Rio. Qual foi a mala? Isso mesmo, danado, parece que você viu a gente embarcando. Deixamos a grande!!!
Na hora marcada lá estávamos os dois, podre de chique, tudo novinho, até minha cueca era nova, bonitos, cheirosos e absolutamente tranquilos para nossa primeira viagem. Tirando nossos joelhos que insistiam em bater um no outro, o resto ia bem!!! Chegamos na sala de espera com quatro horas de antecedência e ficamos junto com os passageiros do vôo anterior ao nosso que eram basicamente de tabalhadores braçais Moçambicanos retornando à sua terra! Tudo era magia!!!
Chegou a hora, chamaram nosso vôo. Minha esposa com medo de me soltar, agarrou meu braço com as suas duas frágeis mãozinhas. Apertou tanto que antes de entrar  tive que por nove BANDAID's nos nove buraquinhos que as unhas dela fizeram em meu braço. Uma unha tinha quebrado arrumando as malas e estava curtinha.
Então, entramos no avião. Uma aeromoça francesa pegou as passagens, viu os assentos e disse: Traversez et a droite, que quer dizer em português, atravesse e à direita. Mas minha doce esposa ao invés de droite (que se pronuncia "droáte") entendeu "Sala quatro".....e já esbravejou: Você comprou passagem na bunda do avião!!!
Explicado o mal entendido ela acalmou, sentou-se, arranjou lugar para todas as sacolinhas, pôs o chapéu no colo porque ele batia na janela do avião, no banco, no meu nariz...e ela achou melhor tirá-lo. Quando eu pensei que estava tudo calmo, as aeromoças desfilaram de cabo a rabo do avião, cada uma com duas latinhas de aerosol, soltando uma fumacinha. Prá quê!!! Ela já virou uma onça: O que esse povo esta pensando que a gente é? Bicho, para ser detetizado!!!
Pronto, tudo calmo de novo, o avião decolou meu denguinho sentiu sede e me pediu para pedir água. Eu disse que ia pedir coca para mim. Chamei a aeromoça e pedi: 
Un Coca et un verre d'eau.
Ela trouxe e disse: - Le cocá et l'eau (se pronuncia: le côcá ê lô)
De novo ela entendeu errado, me deu uma cotovelada na quarta costela de baixo para cima e disse: - Helio, a coca acabou!!! Olhando para a bandeija e vendo que a coca não tinha acabado, sossegou, e eu pensei: - Essa viagem vai ser intensa!!!
Que nada, a viagem foi ótima, chegamos a Paris onde um amigo brasileiro, casado com uma francesa (que não falava absolutamente nada de português), nos aguardava no aeroporto e nos levou para a casa dele. Na primeira noite, minha esposa me disse: - Pelo amor de DEUS, não me deixe um segundo sozinha com ela!!!
Ficamos três dias, pegamos o carro que tínhamos alugado e na hora de ir embora, meu amigo tinha ido para o trabalho e eu tive que deixar as duas só por uns cinco minutos.....Ah! meu amigo, Tive que ouvir meu docinho reclamar e dizer que ficavam uma rindo pra cara da outra, de Paris a Calais, onde íamos dormir.
Mas quis o destino que eu, muito esperto, quisesse passar na frente do Euro-Túnel, para ver como era a entrada, mas eu cheguei foi no pedágio, não tinha como voltar e já eram quase meia-noite. Fiquei nervoso porque eu não tinha Libras, só Franco e Dollar. A mocinha do pedágio me disse para ficar tranquilo, que ali tinha um shopping e havia uma casa de câmbio. Maravilha!!! Entramos no Shopping e a casa de câmbio estava fechada!!! Danou-se!!!
Aguarde a parte II, RODANDO PELA EUROPA, ROLANDO DE RIR!!!

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